16 de dez. de 2009

INFÂNCIA ADULTA


Adoro vídeogame!!!!!!!!!!!!!!Amo vídeogame!!!!!!!!!!!!!!
Tem gente que não entende e me acha, sei lá, boba.
Adoro quando todo mundo vai dormir e posso começar um jogo novo.Como testar os instrumentos do The Beatles Rockband!!!!Demais!!!!
O melhor é quando chega um adulto com cara de bocó achando que é fácil.Tipo o meu marido que é músico e apanhou feio do instrumento.Aí resolveu trocar e ir pra bateria.Tive que filmar tudo.O melhor não é ele errando, é a cara que vai mudando enquanto joga.Vai crescendo um sorriso no rosto que só se consegue quando se permite voltar a ter 8, 9, 10 anos e jogar um vídeogame "bobo" junto com uma criança de reais 8 anos.
Na verdade adoro brinquedos.Adoro loja de brinquedos.Os de madeira então...Amo!!Tenho coleções de bonequinhos que foram meus quando criança e alguns, que são atuais, mas que me remetem à minha infância.A última é dos Smurfs.Quando acho um que não tenho, é muito legal!Parece álbum de figurinha.Sabe quando se tirava a figurinha dourada?Pois é.
Gosto de tê-los por perto, nas estantes espalhados, pra quando eu estiver sério, chata, adulta demais, eu poder olhar e lembrar que já fui criança e não tem tanto tempo assim.
Tudo bem que quando se tem 3 filhos, tem brinquedo espalhado pra todo canto.Mas é diferente quando é algo tem uma ligação com a gente.
Acho que todo adulto tinha que ter um brinquedo em casa.Seu brinquedo.Sem vergonha.
É que a maioria dos adultos, se esquece que já foi criança.
Ser meio egoísta com o filho: "Esse brinquedo é meu, filho.O seu é aquele lá.Agora deixa o papai brincar".- rsrsrsrsrsrsrsrs.Um egoísmo saudável.
O "Barulinho" (show das Chicas para as crianças), é o meu "quarto de brinquedos".Levo pro cenário vários meus, do Caio, dos bebês.Adoro!Se deixar coloco mais brinquedo do que instrumentos.E eu sei que as meninas e os meninos se divertem.
Infância é uma fase que deveria ser eterna.Apenas ir acontecendo um equilíbrio ao longo do crescimento.Mas ser extinta como faz a maioria das pessoas, nunca!!!!
P.S.Esse YODA (foto) eu ganhei do meu cunhado.Ele não lindo????

21 de nov. de 2009

Amizade

Amizade. Teminha complicado pra mim.
Sou e sempre fui muito fechada, tímida, insegura, e daí (ou por aí) é que vem minha maior dificuldade, fazer amigos.
Queria ter o dom de fazer amigos.Desses que podem passar anos sem se ver e quando se encontram nada mudou por dentro.Digo o amor e o que tornou essas pessoas amigas.
Pessoas mudam.Não tem jeito.Mudança é bom na verdade.
Ontem eu fiz uma tatuagem com minha irmã, que no começo era só uma amiga, mas nos descobrimos irmãs.Essas amizades são únicas.E já passei tempos longe dela quando ela morou fora muuuito tempo.Mas quando voltava, não tinha jeito, era a minha irmã.Ela mudou muito com certeza e eu também.Mas ela ainda é minha irmã.
Fizemos uma tatuagem que combinamos fazer tem quase 10 anos, quando morava na casa dela em 2000.Fizemos a "Liberdade" que é uma personagem amiga da "Mafalda".
Uma menininha pequenina (como diz meu filho Joaquim), que só é pequenina no tamanho, pois fala coisas fortíssimas e cheia de personalidade.O nome já é de uma grandeza imensurável.
Talvez na época eu quis fazê-la não só porque gosto muito da personagem, mas também por ser na época, tudo o que eu mais queria e precisava no mundo: Liberdade!!!!
Fizemos totalmente como tatuagem-irmã.Eu tenho uma e ela outra.Bem brega e antigo.rsrsrsrs.Adorei!!!!!Foi uma das melhores coisas que já fiz pra mim.E começar tatuagem uma criança que se chama Liberdade tem muito significado.
Bom, agora ela tá aqui do meu lado, no meu ombro esquerdo olhando pra mim.
Apresento-lhes minha mais nova amiga Liberdade!!!
P.S. Essa foi a minha primeira de várias pelo visto!














19 de nov. de 2009

Tánacara quero ver (a roda)



Canto pra poder viver
oro em canção
canto pra libertar
qualquer prisão
tá na cara quero ver
a vibração
toma conta o tambor
seu corpo aberto
todo sabor de sol na pele
descaber de som
vem ver na roda o que é saber
calçar de (o) chão
ói seu ará orun aiye
sem divisão
vem ver velho brincar
filho ensinar
vejo aqui minha gente esquecer dor
do suor gerar
olhar seus olhos sem razão
nem sei seu nome
entrar na roda é dar a mão
fazer irmão
com coração de correr
vou com você
e não temo mais ter medo
da vida
se eu caio me abraça
seu corpo canção
tá na cara quero ver
ara aberto no aye
sem divisão
ver vida livre vencer
ver dor morrer
se fazer irmão de mão
(Amora Pêra/ Carlos Bernardo)

17 de nov. de 2009

Quem inventou a saudade?
É uma espécie de dor inquieta
Uma falta de alguma coisa
Uma melancolia
E um aperto no peito que fica impossível não chorar
Quem inventou a saudade?
Sentir falta de alguém ou alguma coisa
Sentir falta
Um apego desconfortável
Uma vontade de abraço
De sentir cheiro
Sentir pele
Quem inventou a saudade??
O bom da saudade é matá-la
A única coisa que todo mundo mata sem culpa
E que ninguém reprime
Saudade todo mundo sente
Nem que seja de algo tolo
Sofrer por saudade é que não dá
Sofrer é se entregar a ela
Aí a saudade vira martírio
E aí...não tem jeito
Saudades às vezes é bom
Ficar um pouco longe de quem se gosta
Mas sabendo que vai reencontrar
É aquela saudade ansiosa
Saudade quase gostosa de sentir
Mas se ela é tudo isso
Por que inventamos a saudade?
E agora?Que passo dar?
Que passo fui dar?
Onde vai me levar?
Como chegarei?Em que estado?
Com que força?
Será que demora?
Será que tá longe?
Onde vai me levar?
O que tem lá pra olhar?
Será que acertei na escolha do caminho?
Será que errei?

Agora é esperar
Passo de cada vez
Sem tentar adivinhar
Sem tentar adiantar
Paciência com o dia
Descanso à noite
Passo de cada vez
Sentindo bem os pés no chão
Agora é esperar

03:41 am
21/04/09
Quero escrever
Mas as palavras não saem
Elas endurecem minha mão não deixando fluir
Elas congelam a mente não deixando pensar
Nada vem
Ou tudo vem tão rápido que não consigo começar
Quero escrever
Desabar no papel toda a tinta da caneta
Marcar a mesa com o peso das palavras
Soltar gritos em grafias
Urros de dor
E molhar o papel com o alívio
Num silêncio tão profundo que só escuto
O som da caneta e minha respiração
Quero escrever
Me sentir mais leve que folha de papel
Deixar nela todo a angústia que no peito pesa
Toda a tristeza que aprisiona minha vida
Toda a alegria que quero encontrar
Registrar a melancolia que escurece cada dia mais minha sala
Jogar fora no papel toda essa sujeira que quer se instalar
E quando eu acabar
Renascerei clara, leve
E tudo que estiver no corpo do papel
Não mais estará em mim.
Não mais estará no meu corpo
Não mais será eu

08/02/08
17hs e alguma coisa pm
Em lágrimas...
Deixar as lágrimas secarem
Voltar a enxergar atrás dessa cortina salgada
Chover fora e dentro
Deixar chover
Deixar chorar
Derramar toda a tristeza e alegria do choro
Me derreter no soro
Me energizar no sal
Cada gota é um fim de uma história
Cada gota é um recomeço
Um peso a menos
Renascer no choro
É dormir e acordar nova
É dormir pra acordar.

28 de out. de 2009

Conclusão


Cada dia, hora, minuto, respiração que se passa, descubro que família não é sangue.

Família é o que você é.

Sempre achei que eu não era uma pessoa ligada à isso por já ter perdido todos.Mas é justamente o contrário.Procuro família em qualquer coisa.Até montando o palco do "Barulinho" (show infantil das Chicas), eu procuro.Lá tem chapéu de cangaço, avião que o Caio fez, e muitas lembranças minhas em brinquedos.

Não dá fugir do que a gente é e herda.

Muito estranho não ter os pilares.Muito estranho identificar dentro o que eu herdei de cada um deles.A teimosia aguda e certeira do meu pai, o dom de cuidar, de querer organizar e bondade ingênua da minha mãe, a impaciência necessariamente paciente da minha avó/mãe Ruth, o consumismo banal pros outros e insegurança imensurável da minha tia/mãe Regina, a paixão inexplicável (mas ainda não praticada por mim) pela medicina do meu avô Aluízio, as piadas absurdas da vó Dina e a dependência hereditária pela música de todas essas pessoas.

Ah!Esqueci do gen da loucura.

Família não é sangue, é o que se é.Tenho todos dentro de mim.E apenas dentro.



27 de out. de 2009

Nascimento (meu sobrenome)

Nascer deve ser estranho.
A gente fica lá, nadando naquela água apetitosa semanas e semanas, escutando uns barulhos estranhos, esprimidinho cada vez mais.Escurinho, quentinho.Aí de repente a água vai embora, o barulho vai aumentando, o espaço que tinha que aumentar, com a ida da água, diminui e o pior de tudo: passar por um buraquinho que ninguém merece!!!!
Ás vezes aliviam e abrem um outro um pouco maior.Mas acha que melhora?NÃO!Você é PUXADO pra fora!!
Aí tudo complica.Vem um frio do cão, um negócio no nariz pra tirar a nossa água, os olhos doem por causa da luz (saudade do escurinho), o peito dói por causa do ar que invade loucamente e tem gente que até dá tapinha no bumbum pra ver se falamos alguma coisa!!!Isso tudo de cabeça pra baixo hein!!!
Depois reclamam que choro de bebê é chato.
Mas de repente vem um quentinho bom, um cheiro conhecido, uma voz familiar, um dejá vu quase.Institivamente vamos atrás do cheiro que tá fazendo a barriga roncar.Cadê?Cadê???Achei!!!!!Comidaaaaa!!!!!!!
Que coisa doida deve ser tomar leite direto da nossa mãe!O melhor é poder beber até desmaiar e ninguém falar mal de você.Te chamar de "bebum".
E dormir o tempo que quiser...colo de mãe.Ai, colo de mãe!
Dá saudade né?

14 de out. de 2009

Sou mãe


Sou mãe.
Já fui menina.
Mas hoje sou mãe.
Já fui perdida.
Mas hoje sou mãe.
Perdi família
Mas hoje faço a minha
Não precisa ser grande mas é minha
Veio de mim.Eu que fiz!
São meus pedaços.
Meus cheiros.
Minhas vozes.
São meus.
Sou mãe.
E cada dia é melhor.
E cada dia é maior.
E cada dia é mais eu.
Sou cada dia mais mãe, menos menina.
Cada dia mais forte.
Cada choro mais mãe.
Mãe de três.
Nunca pensei...
Nunca esperei.Aconteceu.
Sou minha própria mãe

9 de out. de 2009

Anestesia


Anestesia é a palavra do último mês.

Tenho me sentido assim.E quando se está no estado da anestesia, não sabemos o que vamos encontrar quando passar o efeito.Por isso não sei dizer como tenho me sentido.

Sei que tenho uns efeitos colaterais de vez em quando como insônia, ou um sono sem fim, fico bem lesada algumas vezes, de repente vem uma euforia que acorda irritação, mas sem dúvida o que acompanha todos esses é o tal do "oco".

Vezes indolor, vezes me coloca vendo estrelas tamanha a agressão.

O que tá me incomodando é que tô sentindo o efeito passando.Bem d-e-v-a-g-a-r.E nesse momento é que se vê que estar sob o efeito dela, de uma certa forma protege a dor.Ou a falta dela.

Qual das duas é pior?Presença ou ausência?

8 de out. de 2009

Nuvens e seu mundos



Quando eu tinha uns 8 anos mais ou menos juntei duas coisas que mais gostava de fazer: ficar horas deitada vendo nuvens e criar histórias.
Num fim de tarde chato, surgiu no céu uma nova aventura.Eu descobrira o "Mundo das Rosas".
Eu cresci em um apartamento com um quintal grande, e no chão, no meio dele, apareceu uma flor rosa jogada.Cheguei perto dela e olhei pro céu.Ele tava rosa.E havia uma nuvem ENORME bem em cima de mim.Ali nasceu o meu reino.
Eu vivi aquilo intensamente durante muitos anos acreditando que aquele mundo tava lá e que era meu.
Criei guerras entre nuvens cinzas que se aproximavam trazendo "choro" pra perto do meu reino rosado.Aos poucos fui conseguindo aliados.Meus irmãos começaram a trazer os deles pra perto meu.Tinha o "Mundo do Arcoris", o "Mundo das Águas", "Mundo dos Doces" e suas colônias, como o "Mundo das Piscinas", que pertencia ao "Mundo das Águas".
Mas todos seguiam o "Mundo das Rosas".
Lembra da gente tentando voar pra lá.
A gente colocava um tijolo (???) numa ponta do quintal da casa do papai e ia pro outro lado.Aí a gente tinha que correr, pisar no tijolo e pular visualizando que tinha conseguido.E isso tudo tinha um tempo limite, como se fosse uma fenda no tempo que se abre a cada 3000 anos, sabe?(???)

Era divertido.
Volta e meia penso nele.Realmente penso.Nos detalhes de como ele seria.Acho saudável.Como pensar num lugar calmo na meditação.