21 de nov. de 2009

Amizade

Amizade. Teminha complicado pra mim.
Sou e sempre fui muito fechada, tímida, insegura, e daí (ou por aí) é que vem minha maior dificuldade, fazer amigos.
Queria ter o dom de fazer amigos.Desses que podem passar anos sem se ver e quando se encontram nada mudou por dentro.Digo o amor e o que tornou essas pessoas amigas.
Pessoas mudam.Não tem jeito.Mudança é bom na verdade.
Ontem eu fiz uma tatuagem com minha irmã, que no começo era só uma amiga, mas nos descobrimos irmãs.Essas amizades são únicas.E já passei tempos longe dela quando ela morou fora muuuito tempo.Mas quando voltava, não tinha jeito, era a minha irmã.Ela mudou muito com certeza e eu também.Mas ela ainda é minha irmã.
Fizemos uma tatuagem que combinamos fazer tem quase 10 anos, quando morava na casa dela em 2000.Fizemos a "Liberdade" que é uma personagem amiga da "Mafalda".
Uma menininha pequenina (como diz meu filho Joaquim), que só é pequenina no tamanho, pois fala coisas fortíssimas e cheia de personalidade.O nome já é de uma grandeza imensurável.
Talvez na época eu quis fazê-la não só porque gosto muito da personagem, mas também por ser na época, tudo o que eu mais queria e precisava no mundo: Liberdade!!!!
Fizemos totalmente como tatuagem-irmã.Eu tenho uma e ela outra.Bem brega e antigo.rsrsrsrs.Adorei!!!!!Foi uma das melhores coisas que já fiz pra mim.E começar tatuagem uma criança que se chama Liberdade tem muito significado.
Bom, agora ela tá aqui do meu lado, no meu ombro esquerdo olhando pra mim.
Apresento-lhes minha mais nova amiga Liberdade!!!
P.S. Essa foi a minha primeira de várias pelo visto!














19 de nov. de 2009

Tánacara quero ver (a roda)



Canto pra poder viver
oro em canção
canto pra libertar
qualquer prisão
tá na cara quero ver
a vibração
toma conta o tambor
seu corpo aberto
todo sabor de sol na pele
descaber de som
vem ver na roda o que é saber
calçar de (o) chão
ói seu ará orun aiye
sem divisão
vem ver velho brincar
filho ensinar
vejo aqui minha gente esquecer dor
do suor gerar
olhar seus olhos sem razão
nem sei seu nome
entrar na roda é dar a mão
fazer irmão
com coração de correr
vou com você
e não temo mais ter medo
da vida
se eu caio me abraça
seu corpo canção
tá na cara quero ver
ara aberto no aye
sem divisão
ver vida livre vencer
ver dor morrer
se fazer irmão de mão
(Amora Pêra/ Carlos Bernardo)

17 de nov. de 2009

Quem inventou a saudade?
É uma espécie de dor inquieta
Uma falta de alguma coisa
Uma melancolia
E um aperto no peito que fica impossível não chorar
Quem inventou a saudade?
Sentir falta de alguém ou alguma coisa
Sentir falta
Um apego desconfortável
Uma vontade de abraço
De sentir cheiro
Sentir pele
Quem inventou a saudade??
O bom da saudade é matá-la
A única coisa que todo mundo mata sem culpa
E que ninguém reprime
Saudade todo mundo sente
Nem que seja de algo tolo
Sofrer por saudade é que não dá
Sofrer é se entregar a ela
Aí a saudade vira martírio
E aí...não tem jeito
Saudades às vezes é bom
Ficar um pouco longe de quem se gosta
Mas sabendo que vai reencontrar
É aquela saudade ansiosa
Saudade quase gostosa de sentir
Mas se ela é tudo isso
Por que inventamos a saudade?
E agora?Que passo dar?
Que passo fui dar?
Onde vai me levar?
Como chegarei?Em que estado?
Com que força?
Será que demora?
Será que tá longe?
Onde vai me levar?
O que tem lá pra olhar?
Será que acertei na escolha do caminho?
Será que errei?

Agora é esperar
Passo de cada vez
Sem tentar adivinhar
Sem tentar adiantar
Paciência com o dia
Descanso à noite
Passo de cada vez
Sentindo bem os pés no chão
Agora é esperar

03:41 am
21/04/09
Quero escrever
Mas as palavras não saem
Elas endurecem minha mão não deixando fluir
Elas congelam a mente não deixando pensar
Nada vem
Ou tudo vem tão rápido que não consigo começar
Quero escrever
Desabar no papel toda a tinta da caneta
Marcar a mesa com o peso das palavras
Soltar gritos em grafias
Urros de dor
E molhar o papel com o alívio
Num silêncio tão profundo que só escuto
O som da caneta e minha respiração
Quero escrever
Me sentir mais leve que folha de papel
Deixar nela todo a angústia que no peito pesa
Toda a tristeza que aprisiona minha vida
Toda a alegria que quero encontrar
Registrar a melancolia que escurece cada dia mais minha sala
Jogar fora no papel toda essa sujeira que quer se instalar
E quando eu acabar
Renascerei clara, leve
E tudo que estiver no corpo do papel
Não mais estará em mim.
Não mais estará no meu corpo
Não mais será eu

08/02/08
17hs e alguma coisa pm
Em lágrimas...
Deixar as lágrimas secarem
Voltar a enxergar atrás dessa cortina salgada
Chover fora e dentro
Deixar chover
Deixar chorar
Derramar toda a tristeza e alegria do choro
Me derreter no soro
Me energizar no sal
Cada gota é um fim de uma história
Cada gota é um recomeço
Um peso a menos
Renascer no choro
É dormir e acordar nova
É dormir pra acordar.