28 de out. de 2009

Conclusão


Cada dia, hora, minuto, respiração que se passa, descubro que família não é sangue.

Família é o que você é.

Sempre achei que eu não era uma pessoa ligada à isso por já ter perdido todos.Mas é justamente o contrário.Procuro família em qualquer coisa.Até montando o palco do "Barulinho" (show infantil das Chicas), eu procuro.Lá tem chapéu de cangaço, avião que o Caio fez, e muitas lembranças minhas em brinquedos.

Não dá fugir do que a gente é e herda.

Muito estranho não ter os pilares.Muito estranho identificar dentro o que eu herdei de cada um deles.A teimosia aguda e certeira do meu pai, o dom de cuidar, de querer organizar e bondade ingênua da minha mãe, a impaciência necessariamente paciente da minha avó/mãe Ruth, o consumismo banal pros outros e insegurança imensurável da minha tia/mãe Regina, a paixão inexplicável (mas ainda não praticada por mim) pela medicina do meu avô Aluízio, as piadas absurdas da vó Dina e a dependência hereditária pela música de todas essas pessoas.

Ah!Esqueci do gen da loucura.

Família não é sangue, é o que se é.Tenho todos dentro de mim.E apenas dentro.



3 comentários:

  1. Pois é família é isso, abundância e generosidade.

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  2. que lindeza esse mundo de petunia. é, família é o que a gente é dentro. nunca tinha pensado sobre isso, mas fez todo sentido pra mim. tô "longe" da minha família. me sinto longe de mim. posso entender a estranheza que vc sente de sentir falta do que te preenche. ó, uma parte da sua família tb pode ser os amigos. são a nossa família escolhida, cultivada. tenho vontade de plantar vc de vez no meu jardim! bjo pra ti e pros pequenos.

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